OMS: América Latina tem casos de Covid-19 subnotificados por falta de testes
NoticiasO diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirmou nesta segunda-feira (27) que os casos de coronavírus estão subnotificados em várias regiões do planeta, incluindo a América Latina por conta da falta de testes disponíveis.
“Continuamos a apoiar esses países com assistência técnica por meio de nossos escritórios regionais e com suprimentos”, disse o dirigente durante entrevista coletiva em Genebra, na Suíça.
Questionado sobre as críticas do presidente Jair Bolsonaro às orientações da entidade, Tedros não citou o brasileiro, mas disse que cada país é soberano para tomar suas próprias decisões. Segundo ele, os governos que seguiram as recomendações do órgão internacional estão em posições melhores do que os restantes.
“Não temos poder para forçar países a implementarem o que aconselhamos”, destacou.
O líder da OMS lembrou que, quando decidiu declarar o coronavírus uma emergência pública global, no final de janeiro, havia apenas 82 casos da doença fora da China. “O mundo deveria ter nos ouvido de forma cuidadosa”, afirmou.
‘Pandemia de coronavírus está longe de acabar’
Tedros Adhanom Ghebreyesus reiterou nesta segunda-feira (27) que a pandemia de Covid-19 está “longe de acabar” e disse que, para controlar o novo vírus, será necessário o desenvolvimento de uma vacina. Segundo a entidade, atualmente, existem cerca de 100 estudos diferentes para imunização – sete deles já em fase de testes em humanos.
“O desenvolvimento de uma vacina está sendo acelerado por causa dos trabalhos anteriores que OMS e parceiros realizaram ao longo de vários anos para vacinas para outros coronavírus, incluindo Sars e Mers”, disse o dirigente durante entrevista coletiva, em Genebra, na Suíça.
Tedros também agradeceu China, Portugal e Vietnã por contribuições ao Plano de Resposta e Preparação Estratégica da entidade. “Estamos gratos também aos mais de 280 mil indivíduos, empresas e fundações que contribuíram para o fundo, que já arrecadou mais de US$ 200 milhões”, destacou.
Responsável por coordenar a resposta da Organização à pandemia, Maria Kerkhove ressaltou que ainda não há evidências de que pessoas curadas da Covid-19 estejam totalmente imunes a uma nova infecção, mas disse que estudos estão sendo realizado nesse sentido.
Com informações de Estadão Conteúdo