BLOG

PARIS 13/11 – o que perguntar, o que fazer?

Artigos

Alejandro Luiz Pereira da Silva
Assessor de Relações Internacionais do Partido Socialista Brasileiro

 

Na aldeia global em que se transformou o mundo com os rapidíssimos avanços nas comunicações, a barbárie da sexta-feira 13 em Paris colocou todo o planeta em trauma, em estado de choque. Inclusive nós cidadãos comuns do Brasil. Nós que sempre olhamos o restante do mundo com um certo distanciamento, que parecemos nos contentar com somente olhar numa tela de TV o que acontece lá fora. TV esta, nossa principal fonte de informação e conhecimento sobre o tão distante mundo muçulmano. Os nossos descendentes de árabes são via de regra católicos e quase não conhecemos ninguém de fé islâmica.

Como podemos então construir uma opinião sobre o episódio, além da negação da brutal violência?
Acredito, portanto, que somente com a “ cultura reflexa” que temos sobre o contexto desta questão, só podemos nos aventurar a formular interrogações, perguntas sinceras que surgem neste momento de perplexidade.

A questão que mais intriga é a de como uma sociedade efetivamente democrática, com um modo de vida alicerçado no que foi um estado do bem-estar social, gerou jovens franceses, árabes descendentes de terceira geração, que se deixaram seduzir por ideias de um extremismo pseudo-religioso, capaz de convence-los a matar e a se auto imolarem como ato divino?

Uma hipótese não seria a falta de integração desses grupos étnicos, árabes residentes formados desde os anos 60 na França com o término da guerra da Argélia, ao conjunto da sociedade francesa? Segregação? Auto segregação?
A segunda pergunta seria até que ponto a prática religiosa muçulmana é compatível com a democracia e o liberalismo das sociedades ocidentais? Veja-se. O Aiatolá Khomeini saiu de seu exílio na França para liderar a implantação da República Islâmica do Irã. Um estado teocrático que adota a Sharia, a lei do Corão. Com isso passou a ocorrer uma interferência do estado na vida privada de seus cidadãos, incompatível com os valores e costumes de nossas democracias. Nos demais países do mundo islâmico isso ocorre também em maiores e/ou menores proporções. Como isso se reflete na França de hoje, que possuí uma expressiva população de cerca de 6 milhões de árabes, majoritariamente muçulmanos? Existe um choque de modos de vida entre esta população com o dos demais franceses, de tradição republicana e liberal? Sendo isso verdadeiro, que estudos e conclusões existem a respeito? Não poderia ser uma causa de problemas na formação psicológica dos jovens de famílias muçulmanas, divididos entre o “pecado” de seus códigos de conduta religiosos em confronto com a sociedade liberal ‘ pecadora” onde estes são formalmente educados, vivem e convivem socialmente?

Ainda, considerando-se que a convivência pacífica entre estes diferentes modos de ver e levar a vida seja uma determinação entre líderes muçulmanos e ocidentais, não seriam justamente os muçulmanos franceses e suas autoridades religiosas os protagonistas mais aptos a doutrinar e conduzir ações para se evitar o surgimento de extremistas, dos terroristas que se dizem e que praticam seus atos em nome da mesma fé? Não seriam este os mais interessados em separar o joio do trigo para o alcance desse objetivo? Isso está acontecendo?

 

Últimos do Blog
Noticias

Gobierno de Bolivia entregará títulos de tierra a campesinos

Más
Noticias

Colombia. Los cinco precandidatos presidenciales que ya tiene el Pacto Histórico para 2022

Más
Noticias

Nito Cortizo aseguró que en su administración no se han realizado escuchas ilegales

Más
Noticias

Enrique Sánchez está enfocado en refundar el Partido Febrerista

Más
Noticias

PRI y PRD pierden más del 70% de su militancia

Más
Noticias

Legislativo de Ecuador instala mesa sobre demandada ley de educación

Más
Noticias

Castillo nombra a primer ministro de izquierda en Perú y deja pendiente al de Economía

Más
Noticias

Argentina passa a considerar cuidado materno como trabalho e garante direito à aposentadoria de 155 mil mulheres

Más
Noticias

PRD pide a ciudadanos no participar en la consulta popular del 1 de agosto

Más
Noticias

Bolsonaro emprende nueva reforma ministerial para sumar apoyos en el Congreso

Más
Noticias

La hora de Pedro Castillo

Más
Noticias

Colombia Humana, UP y MAIS se declararon en oposición a Claudia López

Más
Noticias

Proyectos que ha realizado la alcaldía de Claudia López

Más
Noticias

Presidente del partido de izquierdas uruguayo deja su cargo y llama a unión

Más
Noticias

Mónica Fein será precandidata a diputada nacional y enfrentará a la lista de Pablo Javkin

Más
Noticias

Narváez marca primeras diferencias con candidatura de Provoste: “La realidad que hemos visto, es que es una reacción a las encuestas”

Más
Noticias

Presidente del PS, Álvaro Elizalde, asegura que Narváez no bajará su candidatura en favor de Yasna Provoste

Más
Noticias

Nicaragua: el régimen continúa con la persecución a opositores y Ortega aseguró que “no hay espacio para la negociación”

Más
Noticias

Colas para hacerse con un hueso de carne: el hambre se dispara en Brasil

Más
Noticias

Sí Por México llama a PAN, PRI y PRD a buscar candidato de unidad para las elecciones de 2024

Más
Noticias

Pedro Castillo teje una red de apoyos para gobernar Perú en un escenario adverso

Más
Noticias

La Policía investiga a Bolsonaro por supuesta prevaricación en la pandemia

Más
Noticias

Gustavo Petro brasileño está cansado de que lo culpen de todo en Twitter

Más
Noticias

Claudia López acusa a Petro de ‘incendiar a Colombia’

Más
Noticias

Ex-ministro da Defesa da Bolívia planejou segundo golpe usando mercenários dos EUA

Más
Noticias

Cuba logra la primera vacuna latinoamericana con datos de efectividad al nivel de Pfizer y Moderna

Más
Noticias

Presentan en Ecuador propuesta para ley de aborto por violación

Más
Uruguay

El movimiento de Mujica, la fuerza motriz del Frente Amplio

Más
América Latina

Regresión democrática y momento destituyente en América Latina

Más
Brasil

Operación «Puñal verde y amarillo»: los golpistas brasileños planeaban matar a Lula y a su vice

Más