CSL repudia assassinato de integrante do Partido da Revolução Democrática do México
Noticias
|
Gisela Mota, do Partido da Revolução Democrática (PRD), foi assassinada no último sábado (2) um dia depois de assumir o cargo como prefeita do município de Temixco, no estado de Morelos, no México. Mota foi encontrada morta com vários tiros de metralhadora junto com mais outras duas pessoas em frente a sua residência.
A Coordenação Socialista Latino-Americana manifestou profundo pesar pela morte da integrante do PRD. “A CSL, organização que representa 12 partidos de orientação socialista, entre eles o PRD, de 11 países do continente, presta solidariedade aos companheiros mexicanos e à família de Gisela Mota, e reitera sua confiança na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito no México”, afirmou em nota assinada por seu secretário-geral, Beto Albuquerque.
O crime ocorreu um dia depois de o governador do Estado de Morelos, Graco Ramirez, companheiro de partido de Gisela, decretar uma operação de segurança com a participação de forças federais. Autoridades mexicanas acreditam que grupos criminosos ligados ao narcotráfico possam ter cometido o crime. Dois suspeitos foram mortos e dois foram detidos em uma perseguição policial.
De acordo com a imprensa mexicana, organizações civis têm denunciado um alto número de sequestros em Morelos e o governo federal detectou na região a presença de grupos ligados ao narcotráfico. Em 2015 foram registrados 449 homicídios no estado.
Gisela Mota foi deputada federal de 2012 a 2015, exerceu diversos cargos no PRD, incluindo o de secretária de Assuntos Juvenis em Temixco, secretária de Formação Política em Morelos, secretária de Educação Demorática e Formação Politica do Comitê Executivo Nacional e conselheira nacional do partido. |
Leia a nota:
NOTA DE PESAR
A Coordenação Socialista Latinoamericana (CSL) manifesta profundo pesar pela trágica morte da companheira Gisela Mota, do Partido da Revolução Democrática (PRD), neste sábado, 2, dia seguinte a sua posse como prefeita do município de Temixco, no sul do México.
A jovem líder do PRD, de 33 anos, foi cercada por quatro homens que dispararam com metralhadoras. Os atiradores fugiram, mas dois foram capturados pela polícia.
O atentado coincide com o início de uma operação de segurança desencadeada pelo governador do Estado de Morelos, Graco Ramirez, companheiro de partido de Gisela. Morelos tem índices de violência mais elevado entre as 32 unidades da federação.
Gisela Mota dedicou sua vida à militância no PRD, seguindo os passos da mãe, a conhecida ativista Juanita Ocampo. Desempenhou diversas funções partidárias e públicas, chegando a ser eleita deputada federal em 2012 e a primeira mulher eleita prefeita de Temixco. Elegeu-se prometendo combater o narcotráfico.
A CSL, organização que representa 12 partidos de orientação socialista, entre eles o PRD, de 11 países do continente, presta solidariedade aos companheiros mexicanos e à família de Gisela Mota, e reitera sua confiança na defesa intransigente do Estado Democrático de Direito no México.
Beto Albuquerque
Secretário-geral da CSL