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Economia verde pode gerar milhões de empregos na América Latina e no Caribe, diz OIT

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Foto: Banco Mundial/Dana Smillie
Foto: Banco Mundial/Dana Smillie

A necessidade de enfrentar as mudanças climáticas, a sobre-exploração de recursos naturais e a poluição dos ecossistemas torna urgente a transição para uma economia verde, que tem o potencial de gerar milhões de empregos na América Latina e no Caribe e mitigar os custos laborais derivados de problemas ambientais, disse a Organização Internacional do Trabalho (OIT) nesta segunda-feira (21).

“Os desafios colocados pela sustentabilidade ambiental são uma das forças poderosas que estão moldando o futuro do trabalho nesta região, e é por isso que é necessário tomar medidas para maximizar seus benefícios e enfrentar efetivamente suas ameaças”, afirmou o diretor regional da OIT para a América Latina e o Caribe, José Manuel Salazar-Xirinachs.

Ele comentou as implicações para a região do novo relatório global da OIT sobre “Perspectivas Sociais e de Emprego no Mundo 2018: Greening with Jobs”, lançado na semana passada. Destacou que, numa região do planeta com tantos recursos naturais abundantes, áreas costeiras e grande diversidade de ecossistemas, “é indiscutível que o mundo do trabalho está intrinsecamente relacionado com o meio ambiente”. Neste cenário, “os empregos verdes são catalisadores da transição para a sustentabilidade ambiental”.

“Há oportunidades enormes numa economia verde, mas também um potencial de destruição de postos de trabalho. Portanto, devemos garantir que os trabalhadores tenham acesso à proteção social, adquiram o conjunto correto de qualificações e que as economias tenham a capacidade de fazer a transição entre indústrias tradicionais e indústrias mais verdes”, afirmou o diretor regional da OIT.

O novo relatório da OIT destaca que os esforços para combater as mudanças climáticas até 2030 gerarão um saldo positivo de 18 milhões de empregos em todo o mundo. Isso inclui, por exemplo, aqueles empregos que serão criados nos setores de construção e manufatura para possibilitar a geração de novas fontes de energia e avançar em direção a uma maior eficiência energética, e também aqueles que seriam perdidos em indústrias relacionadas a esse problema ambiental, como a de hidrocarbonetos.

“Na América Latina e no Caribe, pelo menos 1 milhão de empregos serão gerados como resultado do uso de energias renováveis, maior eficiência energética em imóveis e maior demanda por carros elétricos e outras tecnologias de mudança no padrão de consumo para combater as mudanças climáticas”, explicou o especialista da OIT em econometria do trabalho, Guillermo Montt, que participou da preparação do relatório.

Além disso, os dados coletados neste estudo indicam que a região poderia gerar outros 4 milhões de postos de trabalho com o desenvolvimento da chamada “economia circular”, que promove a reutilização, a reparação, a reciclagem, a remanufatura e a maior durabilidade de produtos, como uma alternativa ao modelo linear de extração, fabricação, uso e descarte que tem prevalecido nas últimas décadas.

“A transição para uma economia verde implica mudanças em quase todos os setores econômicos, incluindo energia, agricultura, transporte, construção, mineração, pesca, etc. O progresso em direção a uma economia sustentável mais geral terá um impacto em todos os setores e as opções que tomarmos determinarão se elas trarão empregos e trabalho decente para a região”, disse Montt.

Medidas de mitigação evitarão os efeitos negativos da degradação ambiental no mundo do trabalho. Os dados coletados indicam que, nas Américas (incluindo as Américas do Norte, Central e do Sul), cerca de 75 milhões de pessoas trabalham em setores que dependem de processos ecossistêmicos, como agricultura, turismo e pesca, que podem ser afetados por mudanças climáticas, poluição e sobre-exploração, entre outros.

Os desastres naturais, que se tornaram mais intensos nos últimos anos, por exemplo, causam perdas estimadas em 200 anos de vida útil para cada 100 mil pessoas afetadas nas Américas, de acordo com os dados do relatório.

O aumento das temperaturas também pode ter efeitos inusitados no futuro do trabalho. Estima-se que, na América Central e do Sul, entre 0,8% e 0,6% das horas trabalhadas serão muito quentes para o trabalho, com consequências na produtividade, saúde e segurança no trabalho.

Por outro lado, a degradação ambiental “afeta sobretudo os trabalhadores e as famílias mais vulneráveis, o que contribui para o aumento das desigualdades”, destacou Montt.

“O principal desafio é fazer com que a transição seja justa para todos. Embora haja criação de postos de trabalho, há trabalhadores e comunidades que sairão perdendo”, disse o diretor regional da OIT. Por essa razão, “é muito importante garantir que a região esteja pronta e possa aproveitar as oportunidades de emprego que surgem e impedir o aumento das desigualdades”.

“O desenvolvimento de habilidades e a complementaridade com políticas econômicas, de proteção social e de diversificação produtiva são um desafio, que deve ser apoiado por amplos processos de diálogo social para gerar os empregos verdes que nossas sociedades precisam”, acrescentou Salazar.

Clique aqui para acessar o relatório (em inglês)

 

Organização das Nações Unidas (ONU)

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