CPI da Covid: Mandetta diz que alertou Bolsonaro sistematicamente e ataca Guedes
NoticiasO ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta abriu nesta terça-feira (4) a fase de depoimentos à CPI da Covid e, durante 7 horas e 22 minutos, abordou temas como a importância da ciência e das vacinas no combate à Covid e disse que o comportamento do presidente Jair Bolsonaro causou «impacto» no agravamento da pandemia.
O depoimento começou às 11h04, e a sessão foi encerrada às 18h26. Durante a sessão, o ex-ministro respondeu a questionamentos de diversos senadores, aliados do governo e de oposição.
Inicialmente, também estava previsto para esta terça o depoimento do ex-ministro Nelson Teich, que comandou a pasta entre abril e maio do ano passado. Teich, contudo, será ouvido nesta quarta (5).
Durante a sessão desta terça, Henrique Mandetta disse que:
- o governo federal não quis fazer campanha nacional contra a Covid;
- uma minuta de decreto presidencial propôs que a Anvisa alterasse a bula da cloroquina para que o remédio fosse recomendado contra a Covid; o medicamento é comprovado cientificamente ineficaz contra a Covid;
- Bolsonaro foi alertado sobre a gravidade da pandemia;
- o presidente tinha um «assessoramento paralelo» sobre as medidas a serem adotadas;
- a postura do presidente da República causou «impacto» no cenário da pandemia;
- a saída da pandemia é a vacinação da população;
- o ministro das Comunicações, Fábio Faria, enviou a ele uma pergunta também feita nesta terça por um senador;
- o ministro da Economia, Paulo Guedes, é «pequeno» e talvez tenha «influenciado» o presidente Jair Bolsonaro;
- o tratamento precoce, já defendido pelo governo federal, deveria ser chamado de «kit ilusão»;
- o Brasil não fez «lockdown» e que adotou medidas contra Covid «depois do leite derramado».
G1