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Bolsonaro não participa de encontro virtual com presidentes de países do Prosul sobre coronavírus

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Os presidentes de Argentina, Chile, Uruguai, Equador, Peru, Paraguai, Bolívia e Colômbia participaram nesta segunda-feira de uma reunião virtual entre governos da região para discutir a crise provocada pelo coronavírus. O governo brasileiro foi convidado mas, ao contrário dos demais países, não foi representando por seu chefe de Estado e sim por seu ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e pelo ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta.

O encontro virtual foi convocado pelo Chile, que no ano passado lançou o Foro para o Progresso e Integração da América do Sul (Prosul), espécie de contracara da enfraquecida e praticamente desarticulada União de Nações Sul-americanas (Unasul). O Brasil, já com Bolsonaro no poder, foi um dos principais promotores da iniciativa. O presidente brasileiro foi a Santiago em março de 2019 para a primeira cúpula de chefes de Estado do Prosul e aproveitou para realizar uma visita oficial ao país.

No entanto, segundo confirmaram fontes de outros governos da região e integrantes do governo brasileiro, Bolsonaro não se uniu à teleconferência realizada por volta do meio-dia e que marcaria seu primeiro contato direto com o presidente argentino, Alberto Fernández.

Fernández decidiu participar pouco antes do início da conversa. A Casa Rosada questionou a exclusão de países da região como a Venezuela, que não integra o Prosul. Para o governo de Fernández, num cenário de crise mundial é fundamental a coordenação entre os países da região.

Na quinta, o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, havia convidado os governos de Colômbia e Brasil a «coordenar ações conjuntas necessárias» para enfrentar a pandemia, que já infectou 17 pessoas no país. A Colombia rejeitou, nesta segunda, abrir um canal direto com o governo de Nicolás Maduro, com o presidente Iván Duque dizendo que «este não é um canal político» e que Bogotá mantinha»a postura de não reconhecer a ditadura da Venezuela».

Na reunião desta segunda, os países do Prosul concordaram em proteger suas fronteiras de forma coordenada, facilitar o retorno dos cidadãos aos seus países e promover compras conjuntas de insumos médicos, além de compartilhar informações.

Mercosul
Está prevista para esta quarta-feira uma reunião virtual entre os quatro presidentes do Mercosul e, segundo o governo argentino, Bolsonaro confirmou sua participação. A ideia é trocar informações e traçar estratégias conjuntas. Durante todo o fim de semana, os chanceleres dos quatro países que formam o bloco se comunicaram para conversar sobre a situação regional e combinar a comunicação entre os quatro chefes de Estado.

Nos últimos dias, a atuação de Bolsonaro em relação ao coronavírus tem sido alvo de críticas. Domingo passado, o presidente se aproximou fisicamente de apoiadores que se encontravam no Palácio da Alvorada. Nesta segunda-feira, Bolsonaro foi ao Ministério da Economia, onde passou parte da tarde com o titular da pasta, Paulo Guedes, discutindo medidas para reanimar a economia. Bolsonaro fez o exame para o novo coronavírus após integrantes de sua comitiva na viagem à Flórida testarem positivo. Seu primeiro exame deu negativo, mas ele deverá passar por mais dois de verificação.

O Palácio do Planalto e o Itamaraty não comentaram a ausência do presidente da reunião, que tinha como foco medidas para reduzir a velocidade de propagação da doença na região. Segundo um integrante do governo, pode ter pesado na decisão de Bolsonaro o fato de o argentino Fernández ter demonstrado claramente que, embora a Venezuela não faça parte do Prosur, o país também está sendo atingido pela pandemia. O organismo — idealizado pelo presidente do Chile, Sebastián Piñera — foi criado como oposição ao regime do venezuelano Nicolás Maduro.

O Brasil foi um dos grande articuladores da Unasul, participou da criação do Prosul, tem um papel fundamental no Mercosul e nas últimas décadas esteve em todos os movimentos de integração e coordenação regional, independentemente do governo do momento. No entanto, nos últimos tempos, sua presença tornou-se menos expressiva à medida que intensificou-se o vínculo bilateral com os Estados Unidos de Donald Trump, considerado o principal aliado continental do governo Bolsonaro.

Isso percebe-se, por exemplo, quando é analisada a atuação brasileira na crise venezuelana. Nem mesmo o Grupo de Lima (formado por 14 países da região) manteve sua importância. Hoje, o Brasil debate a situação da Venezuela quase essencialmente com a Casa Branca. A Colômbia, neste caso, é um aliado circunstancial.

O GLOBO

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