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Bolívia: após fim da eleição, MAS perde espaço, mas esquerda continua sendo maioria

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Mapa político mostra fragmentação das forças progressistas; ex-presidente Evo Morales pede «união para governar»

A Bolívia encerrou, no último domingo (11), um processo eleitoral que iniciou em 2019, foi interrompido por um golpe de Estado e, em seguida, adiado por conta da pandemia de covid-19.

Agora, o país renovou o poder Executivo, com a eleições de Luis Arce e David Choquehuanca em 2020, o Legislativo nacional e os governos regionais.

Nos quatro departamentos (estados) que houve segundo turno para definir seu governador, o MAS-IPSP saiu derrotado, ficando apenas com os estados que venceu no primeiro turno: Cochabamba, Oruro e Potosí -metade do rendimento se comparado às eleições regionais de 2015.

Leia também: Vitória na Bolívia é recado do continente aos EUA e expõe servilismo de Bolsonaro

Em La Paz, Santos Quispe, do Jallalla Bolívia (Somos Pueblo), foi eleito com 55,9% da votação, no último domingo. Quispe é um líder indígena sindical, filho de Felipe Quispe, histórico dirigente do movimento Ponchos Rojos. Seu oponente, Franklin Flores, obteve 44% da votação. Os votos da capital La Paz e da cidade de El Alto foram decisivos para garantir a vitória a Quispe.

O partido Jallalla Bolívia foi fundado depois de cisões internas no Movimento Ao Socialismo e obteve vitórias importantes na sua primeira eleição, como a prefeitura de El Alto, município da zona de metropolitana de La Paz, com a ex-presidenta do Senado Eva Copa.

Em Tarija, o resultado no primeiro turno havia sido apertado, com uma leve vantagem a Alvaro Ruiz (MAS-IPSP), Já no segundo turno, saiu vitorioso Oscar Montes do partido de centro-esquerda Unidos por Tarija, com 54% da votação. Montes já foi militante do MAS, e convocou seu oponente a elaborar juntos políticas de governo.

Ruiz reconheceu a derrota antes mesmos dos resultados finais e afirmou que se «Montes se dá bem, Tarija também irá bem».

Em Pando, Regis Richter, do Movimento Terceiro Sistema (MTS), foi eleito com 55% dos votos, com 11 percentuais de diferença de Miguel Becerra (MAS). Richter também é uma dissidência das fileiras do masismo.

O MTS afirma, em seu programa, que tanto direita como esquerda abandonaram a essência das suas propostas e por isso há que se criar uma terceira via.

Já em Chuquisaca, Damián Condori confirmou seu favoritismo e foi eleito em segundo turno com 58% da preferência. O líder indígena e camponês do partido Chuquisaca Somos Todos defendeu o resultado. «Ganhamos de forma limpa, nas urnas, e obtivemos uma vantagem irreversível», declarou, durante celebração na praça 25 de Maio, centro da capital.

Dessa forma, a esquerda irá governar em seis departamentos bolivianos, enquanto a direita se impôs em Santa Cruz, na fronteira com o Brasil, que será governado por Luis Fernando Camacho, protagonista do golpe. Veja abaixo.

Já o Movimento Terceiro Sistema (MTS), que se caracteriza de centro-esquerda, assume os governos de Beni e Pando.

Assembleias regionais e prefeituras

Ainda que não tenha obtido a maioria dos governos departamentais, o MAS é a primeira força política nas assembleias legislativas regionais de oito dos nove departamentos. Já em Santa Cruz, ficou empatado com a aliança de extrema-direita Creemos, com 11 cadeiras cada. Enquanto a Aliança Solidária do Poder Popular (Asip), que reúne diversos movimentos indígenas, elegeu um parlamentar.

Evo Morales convocou a unidade da Asip e do MAS em Santa Cruz. «Em minha experiência, se somos maioria na assembleia, podemos administrar o departamento de Santa Cruz», sinalizou.

O poder eleitoral boliviano ainda não divulgou o resultado oficial das legislativas de Pando e La Paz.

No dia 7 de março, quando foi celebrado o primeiro turno eleitoral, o MAS-IPSP havia vencido 250 das 339 prefeituras em todo o território boliviano.
Balanço

Depois das derrotas no segundo turno, o ex-presidente Evo Morales convocou uma reunião extraordinária do partido para avaliar o desempenho eleitoral do Movimento Ao Socialismo. Morales indicou que é preciso fazer «reajustes» na organização política.

O ex-vice-presidente Alvaro García Linera também expressou sua preocupação pela fragmentação do campo popular e disse que não se pode «viver do passado».

«Há um problema estrutural dentro do MAS e de todos os partidos políticos, que é a ausência de lideranças regionais, e isso é uma debilidade, porque existe uma nova geração de líderes nos municípios e departamentos que inclusive captam atenção da oposição», declarou García Linera.

O partido convocou uma manifestação para o próximo sábado, 17 de abril, em Cochabamba, em apoio ao presidente Luis Arce e ao MAS-IPSP.

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